domingo, 8 de fevereiro de 2009

Eu quero fazer nada.

Quero que haja tempo para não ter nada para fazer.
Quero desfrutar destes momentos tranquilamente, sem pressa.
Quero compartilhar isso com os amigos.

Eu quero acabar com a pressão sufocante de estar sempre correndo atrás de um objetivo, de ter que estar o tempo todo fazendo algo que seja produtivo, útil, eficiente, rápido, dentro do prazo.

Quero minimizar a terrível sensação de que, por mais que se corra, nunca dá tempo para fazer tudo e nunca sobra tempo que não seja seriamente planejado, pois ficar sem fazer nada dá a impressão que se está perdendo tempo e isso nos faz sentir culpados.
Quero eliminar a pressa que faz a vida passar cada vez mais rápido.

Vivemos num sistema desregulado que nos cobra um preço muito alto: tensão, ansiedade e estresse.
Sei que não sou o único que sente isso e certamente há mais gente que se deu conta que está na hora de encontrar um equilíbrio e atentar para a qualidade da nossa vida agora e não depois, quando der.
Estou certo de que podemos mudar essa situação por que somos nós que fazemos as escolhas e podemos escolher ir mais devagar, aproveitando melhor o caminho.

Por isso foi criado o Clube de Nadismo. Para proporcionar a experiência, para dar o gostinho, para criar o hábito e para que ele se estenda e repercuta na vida como um todo.
Não se trata de uma pausa para descanso para depois voltar com todo gás.

É fazer nada sem objetivo nenhum, como um fim em si mesmo.
É algo para ser absolutamente sem utilidade, não produtivo, sem expectativas, sem controle. Simplesmente relaxar e deixar acontecer.
Deixar fluir.

Espero que assim chegue o dia que a palavra estresse seja obsoleta.

Conto com todos os que quiserem fazer parte deste tempo de serenidade, harmonia e consciência.
Vamos não fazer juntos.

Marcelo Bohrer
03/16/06

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A força curativa da ecologia interior

Em tempos de crise como o nosso, procuramos fontes de inspiração lá onde estiverem. Uma delas é a ecologia interior. Para avaliar sua relevância precisamos conscientizar o fato de que nossa relação para com a Terra, pelo menos nos últimos séculos, está baseada em falsas premissas éticas e espirituais: antropocentrismo, negação do valo intrínseco de cada ser, dominação da Terra, depredação de seus recursos. Tais premissas produziram o atual estado doentio da Terra que repercute na psiqué humana.

Assim como existe uma ecologia exterior, existe também ecologia interior feita de solidariedade, sentimento de religação com o todo, cuidado e amorização. Ambas as ecologias estão ligadas umbilicalmente. É o que se chama de psicologia ambiental ou, na expressão de E. Wilson, de biofilia. Sua base não é só antropológica mas também cosmológica. Pois o próprio universo, segundo renomados astrofísicos como Brian Swimme entre outros, teria uma profundidade espiritual. Ele não é feito do conjunto dos objetos, mas da teia de relações entre eles, fazendo-os sujeitos que trocam entre si informações e se enriquecem.

A partir da ecologia interior, a Terra, o sol, a lua, as árvores, as montanhas e os animais não estão apenas aí fora, mas vivem em nós como figuras e símbolos carregados de emoção. As experiências benfazejas ou traumáticas que tivermos feito com estas realidades deixaram marcas profundas na psiqué. Isso explica a averão a algum ser ou afinidade com outro.

Tais símbolos fundam uma verdadeira arqueologia interior, cujo código de decifração constituíu uma das grandes conquistas intelectuais do século XX com Freud, Jung, Adler, Lacan, Hillmann e outros. No mais profundo, consoante C.G. Jung, brilha o arquétipo da Imago Dei, do Absoluto. Ninguém melhor que Viktor Frankl trabalhou esta dimensão que ele chama de inconsciente espiritual e os modernos de mystical mind ou ponto Deus no cérebro. Esse inconsciente espiritual, em último termo, é expressão da própria espiritualidade da Terra e do universo que irrompe através de nós porque somos a parte consciente do universo e da Terra.
É essa profundidade espiritual que nos faz entender, por exemplo, esta exemplar atitude ecológica dos indígenas sioux dos EUA. Eles se deleitam, em algumas festas rituais, com certo tipo de feijão. Este cresce fundo no solo e é de difícil coleta. Que fazem os sioux? Aproveitam-se então dos estoques que uma espécie de rato das pradarias da região faz para seu consumo no inverno. Sem essa reserva correriam sério risco de morrer de fome. Ao tomar seus feijões, os indígenas sioux têm clara consciência de que estão rompendo a solidariedade com o irmão rato e que o estão roubando. Por isso, fazem comovente oração: "Tu, ratinho, que és sagrado, tenha misericórdia de mim. Tu és, sim, fraco, mas forte suficiente para fazeres o teu trabalho, pois forças sagradas se comunicam contigo. Tu és também sábio, pois a sabedoria das forças sagradas sempre te acompanham. Que eu possa ser também sábio em meu coração para que esta vida sombria e confusa seja transformada em permanente luz." E como sinal de solidariedade, ao retirar o feijão, deixam em seu lugar porções de toucinho e de milho. Os sioux sentem-se unidos espiritualmente aos ratos e à toda a natureza.
Este espírito de mútua pertença urge ressuscitar porque o perdemos pelo excesso de individualismo e de competição que subjazem à crise atual.
O sistema imperante exaspera o desejo de ter à custa de outro mais fundamental que é o de ser e o de elaborar a nossa própria singularidade. Este demanda capacidade de opôr-se aos valores dominantes e de viver ideais ligados à vida, ao seu cuidado, à amizade e ao amor.
A ecologia interior também chamada de ecologia profunda (deep ecology), procura acordar o xamã que se esconde dentro de cada um de nós. Como todo xamã, podemos entrar em diálogo com as energias que trabalham na construção do universo há 13,7 bilhões de anos.

Sem uma revolução espiritual será difícil sairmos da atual crise que exige um novo acordo com a vida e com a Terra. Caso contrário, seguiremos errantes e solitários.


Leonardo Boff é teólogo

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Tomar partido na guerra da Faixa de Gaza é perigoso

Por Tatiana Novais
A Guerra na Faixa de Gaza pode também ser chamada de Guerra Santa. Nós, brasileiros, não entendemos bem os motivos dessa guerra. E ficamos mais perplexos ainda, por esta ocorrer próximo a lugares considerados santos pelo cristianismo. A guerra que conhecemos, é um pouco diferente, a nossa é em nome da violência: assassinatos por motivos torpes; desrespeito e mortes no transito; violência contra a criança, a mulher; a guerra dos traficantes de drogas, sem contar que a corrupção e a má administração pública também matam. No caso brasileiro, eu tomo partido em prol da melhoria da educação e em políticas públicas voltadas para o fortalecimento das famílias e da melhoria da qualidade de vida.
Tomar partido, no caso da guerra em Gaza, me parece um tanto perigoso. Mesmo percebendo que os palestinos estão encurralados como se estivessem em um gueto ou campo de concentração. Muitos interesses estão envolvidos nesta guerra, principalmente os econômicos, o da indústria bélica. Assim muitos grupos, denominados de terroristas têm-se aproveitado da imagem de “vítima” de Gaza para levantarem bandeiras contra o judaísmo, americanismo, entre outras coisas. O que nada resolve, e só traz mais mortes e destruição.
Devemos tomar partido em relação à paz e ao diálogo. E sugiro mais ainda, devemos pensar urgentemente, em um novo paradigma, que vá substituindo gradativamente as nossas formas de produção e de consumo. Isto é, que substitua o capitalismo, que vem destruindo o nosso planeta, além de reafirmar iniqüidade entre as pessoas e a injustiça social.

sábado, 12 de julho de 2008

Não sou parnasiana, sou paraibana

Há muito tempo tive um sonho
Que há pouco se realizou
O encontro do cerrado com o sertão
Em clima de poesia e São João

Mesmo com a chegada
A chuva nos recebia
O calor e o povo nos convidava
A fazer da Paraíba nossa moradia

João Pessoa que é habitada
Por Eymard, Wilton e Falcão
Também mora Yuri, Esdras Poeta
Hector, Yolanda e Dona Conceição

No outro dia, tamanha era a alegria
Que o Sol que de tão cedo nascia
Nenhuma nuvem aparecia
A Poli nem acreditava e tudo fotografava

Litoral sul da Paraíba era nosso destino
Cabo Branco, Seixas, Carapibus, Tabatinga
Tambaba, praia do Amor e Coqueirinho
Ao som das poesias de Drummond e D’os Anjos

Redescobrimos as sem-razões do amar
Do lamber da língua ao escarro
E que este vasto mundo, nada mais cabe
Em uma breve janela sobre o mar

Mas era final da tarde
Ao som do bolero o sol se esconde
Cedendo espaço a Lua
Que surge no horizonte

A lua cheia soberana sobre o mar
O poeta logo encheu o olho d’água
E na contramão da avenida
Paquerava aquele lindo luar

Depois de uma noite de sono e sonho
A integralidade se fazia
Mas esta só pode ser
Na vida percebida

Fomos a UFPB conferir
O protagonismo estudantil
Nas rodas de conversa da SaBuComu
De muito entusiasmo juvenil

Toda noite era de São João e forró no pé
E partimos para Campina Grande
Para conhecer o maior arraial do mundo
E assistir o show do Zé

No sábado, felizes e sem dormir
Fomos conhecer a comunidade Maria de Nazaré
Tinha estudante de odonto, enfermagem, química
Depois de planejadas as visitas, saímos a pé.

E cada qual com seu par
Era preciso, antes de tudo, abrir ouvidos e coração
Para conversar e conhecer
Das dores, Dona Graça e Conceição

Ainda não satisfeitas
De noite dançamos no KS
Ao som do forró Pé de Serra
Até que o sol nos aparece

Mas tudo isso não teria sentido
Se os golfinhos não tivessem aparecido
E com Yolanda, Poli, Maurizio e Dammi
Mais um sonho foi concluído

Umas das maiores emoções da minha vida
Apresentou-se na beleza de Pipa
Que só de lembrar faz arrepiar
Nadar com os golfinhos que chegaram bem pertinho

E lá se vai mais um dia
E nossa viagem infelizmente termina
E só saudades eu lhes digo
Paraíba: te levo comigo

Sem eira, beira, nem tribeira
E assim como o mato
Que não saiu do matuto
Paraíba, te faço este tributo

Meu nome é Tati
Que neste poema sem métrica e rima
Descobri-me, nem parnasiana e nem apenas goiana
Sou também paraibana...

Essa Poesia é de autoria de Tatiana Novais e contém palpites de Poliana Novais.
Aqui estão relatados pequenos fragmentos da viagem das irmãs e amigas Poliana e Tatiana Novais a João Pessoa e Pipa-RN, nos dias 17 a 23 de junho de 2008, época da festa de São João que pára e movimenta todo o nordeste.

terça-feira, 4 de março de 2008

Anais da I MOPESCO

Pessoal;
Já se encontra no site da faculdade de odontologia ( www.odonto.ufg.br ou pelo endereço: http://www.odonto.ufg.br/mopesco/uploads/files/Anais.pdf ) os Anais da I Mostra Parceria Ensino-Serviço-Comunidade/UFG (I MOPESCO).
Nos Anais contém todos os resumos dos trabalhos apresentados na I MOPESCO. O material está muito rico e vale a pena ser lido e pesquisado!
Obrigada a todos que ajudaram na construção deste lindo projeto e até a próxima Mostra (II MOPESCO) que será nos dias 20 e 21 de novembro de 2008.
Tatiana Novais
Coordenadora Geral da I MOPESCO

Para citar (ABNT):
Anais no todo:
I MOPESCO. I Mostra Parceria Ensino-Serviço-Comunidade/UFG. 2007. Goiânia. Anais... Goiânia: Parceria Ensino-Serviço-Comunidade, 2007. 113p. Disponível em: . Acesso em: dia mês(abreviado) ano.

Resumo de trabalho publicado
SOBRENOME, PRENOME. Título: subtítulo (se houver) In: I MOPESCO. I Mostra Parceria Ensino-Serviço-Comunidade/UFG. 2007. Goiânia. Anais... Goiânia: Parceria Ensino-Serviço-Comunidade, 2007. 113p. Disponível em: . Acesso em: dia mês(abreviado) ano.

Brasília no dia 03/03/2008

Brasília

domingo, 30 de setembro de 2007

Retorno de Saturno

Completo 29 anos, no dia 01/10/2007.

É hora de se re-inventar e ser feliz!!

"Entre os 28 e 30 anos de idade, ocorre o primeiro retorno de Saturno, ou seja, o planeta em trânsito se posicionará no mesmo local em que ele estava no momento de nascimento da pessoa e iniciará uma nova volta em torno do zodíaco. Novamente, como em todo trânsito de Saturno, ocorre um doloroso rito de passagem, envolvendo responsabilidades, desta vez maiores do que nunca. A partir deste período, muitas coisas que antes eram parte de uma gama de opções se tornam definitivas. Desligar-se do passado para apenas conservar dele as bases mais sólidas sobre as quais deve ser projetado e construído o futuro".

Trecho da apostila "Ciclos Planetários", da astróloga carioca Márcia Mattos. Disponível em: http://portodoceu.terra.com.br/pratica/orbita-0102d.asp. Acesso em: 30 set. 2007.